sábado, 8 de junho de 2013

Bolsa que pagará clinica de recuperação para usuários de crack...

Será que um país subdesenvolvido como o Brasil está preparado para ter um programa como este?

Todos os dias milhares de pessoas de diferentes classes sociais entram e saem de clinicas de recuperação, para se livrar das drogas ou pelo menos tentar. Mas infelizmente a maioria delas não sai dessas clínicas recuperadas. Talvez não só pela falta de apoio do governo, mas sim porque a vida do brasileiro muitas vezes se forna mais fácil para aquelas pessoas que não vão em busca de fazer o país crescer.
Hoje o governo auxilia o povo de várias formas, oferecendo remédios, bolsa alimentos e hospitais públicos, mesmo não sendo de tão boa qualidade. E o povo se contenta com esse pouco e não tem objetivos, simplesmente aceita tudo. Este novo programa serve somente para enganar as pobres famílias que acreditam que este dinheiro vai diretamente para a compra de remédios para essas pessoas que estão nessas clínicas de recuperação.
Se as clínicas fossem privatizadas os familiares dariam mais apoio aos necessitados, pois está recuperação sairia de seu próprio bolso, porque hoje é muito fácil "largar" o filho em uma clínica e deixar que ele se recupere sozinho. A recuperação dessas pessoas não depende somente dos medicamentos, mas sim, da força de vontade delas e do apoio de sua família.


- Ana Oliveira -

terça-feira, 28 de maio de 2013

Letras do 1º, 2º e 3º lugar na Sapecada da Canção Nativa e Serra Catarinense



21º SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA

1º Lugar - Menina, Escuta o Teu Cantor
Ritmo : Milonga,
Autor da Letra: : Sergio Carvalho Pereira,
Autor da Músico: : Juliano Gomes

Os versos que canto agora
Cada qual fiz para ti
No lombo do campo a fora
Gado e saudade estendi
Por longa e lenta a demora
Meu verso te trouxe aqui

Tu não sabes, mas eu te canto
Em cada volta de estrada
Por estes sem fins de campo
Em cada frescor de aguada
Te nome põe mais um tanto
De lindeza às campereadas

Geada, chuva e mormaço
Nunca me abalaram a confiança
Bagual sustento no braço
Touro pesado na trança
Mas, se me agarra o cansaço
Me amparo é nas tuas lembranças

Certa vez buscando um passo
A um passo da solidão
Achei meu gado sumido
Nas brumas que cobrem o chão
Vi teu corpo em corticeiras
Molhado de serração

De viver nestas campanhas
Pouco carinho aprendi
Te trago um corte de chita
Frutinhas de ñangapiri
Buquê de flores bagualas
E ovinhos de juriti

Trazer teus versos, não pude
Ficaram no descampado
Nalguma taipa de açude
Nalgum parador de gado
E o timbre de um cantor rude
Anda no campo extraviado

Menina, escuta a sanga
O vento pela canhada
Voz de arvoredos e pastos
O atropelar d’uma eguada
Ali terás teu cantor
Versejando a ti, amada.
(Ali cruzou teu cantor
Versejando a ti, amada)


2º Lugar - Un Acordén y Um Sobrero
Ritmo : Chamamé,
Autor da Letra: : Martin Cersar Gonçalves,
Autor da Músico: : Aluisio Rockembach

Llegó uma mañana de muy lejos
Em su acordeón tría viejas melodias
Uma voz de vino que hablaba de outro tempo
Y mil canciones tan sencillas como el dia

Anduvo por las calles de uma gran ciudad
Quizás buscando algo más que um sureño
Golpeó puertas, endureció sus alpargatas
Añorando las tardes calmas de su Pueblo

Pensó em volver
Y mirarse outra vez
Em los ojos de su gente

Pensó em volver
Y decir que aún distante
Su alma jamás estuvo ausente

Pero era tarde
Para el passado no hay rumbos
Ni caminhos

Y envejeció
Chamameceando por las calles
Su destino

Hoy em la plaza um sombrero boca arriba
Junta monedas para quien juntaba sueños
La gente passa y ni siquiera mira al hombre

Que acordeonando llena el aire de recuerdos


3º Lugar - Quando meu Canto Passar
Ritmo : Milonga,
Autor da Letra: : Rafael Ferreira,
Autor da Música : Vitor Amorim

Medi...
Medi forças no cantar por pelincho me desdobro
Sem menos ruflar as penas das penas que assim me cobram
Cantei...
Mas cantei de peito aberto acalantos de índio vago
Enquanto na minha volta a noite bebia um trago...

Cantei...
Cantei os sonhos do ontem frente ao tempo – acordado –
Pois se enxerga tanta coisa mesmo de olhos fechados
No escuro...
No escuro a baixo as pestanas palpitam cores – macias –
Onde as imagens que vemos vêm traduzir as poesias

Embriagada era a noite ao se encontrar no meu canto
Viu seu mundo igual ao meu lhe achando escuro – garanto –
Na verdade só os olhos guardaram o negror noiteiro
Por contemplar a clareza de um canto – peito viageiro –

Cantei...
Cantei essências de vida num vasto plano de mundo
Vivendo aquilo que vinha ecoado a cada segundo
Me vi...
Pois me vi de alma gaudéria trocando passos pra frente
Buscando tudo no nada de olhos fechados somente

Medi...
Medi forças no cantar por pelincho me desdobro
Sem menos cobrar o preço do preço que assim me cobro
Pois não esperem de mim o que não posso lhes dar
Apenas fechem os olhos quando meu canto passar

Quando meu canto passar
Apenas fechem os olhos
(para que possam enxergar)....

13º SAPECADA DA SERRA CATARINENSE

1º Lugar - Quando meu Canto Passar

2º Lugar - Águas
Ritmo : Milonga,
Autor da Letra: : Felipe Silveira,
Autor da Músico: : Arthur Boscato,

A chuva, por necessário
Derrama mais do que vida,
Vem pra terra ser bebida,
Verdejando; Fecundado;
Trazendo o viço pro campo
Neste ciclo harmonioso,
Que engorda silencioso,
A melodia do seu canto.

E se junta ao mesmo canto,
O rio que segue seu rumo...
Das margens, sugando o sumo,
Buscando algum sabimento.
A correnteza é um alento
Que leva as mágoas sentidas,
Encontros e despedidas,
Que só se curam com tempo.

Somos nós na forma de rio,
E quem não riu, fala que riu,
Pra não ver a “tempestade”.
Guarda em si as suas tristezas,
Pela mesma correnteza
Que nos banha de verdades

E nos banha pelo rosto
Uma lágrima que cai...
Sem saber pra onde vai
Por ter ganas de ser rio,
Quem sabe esteja no cio
Se fecunde e vire açude,
Ou quem sabe a vida mude,
E traz de volta quem partiu.

Onde se escondem segredos
É um açude de águas turvas,
O mesmo bebedor das chuvas
Que trouxe o viço pro campo,
Onde a vida se fez canto
Em lagoa de águas claras,
Melodias pras guitarras
Que duetam num só pranto.

É a vida que se escorre
Mas depois que a gente morre,
Conversamos só por prece.
A vida é aqui, agora,
E no peito de quem chora
Sempre há ‘chuva’ que regresse.


3º Lugar - Recado
Ritmo : Milonga,
Autor da Letra: : Aldo Ramos Martins Neto,
Autor da Músico: : Ricardo Oliveira,

Ao por do sol mateio e reflito os pealos da vida e suas rodilhas.
Se vai o sol e mergulha solito. Pra nascer a Dalva com as Três Marias.
A lua cheia vai ganhando espaço... O jujo do mate m tira o amargo...
A noite calma leva o mormaço que trouxe o sol a pino cravado.

Madrugada, o mate lavado! O mesmo olhar mirando as brasas!
Tudo em silêncio se quer um recado. Apago o fogo, me recolho a casa.

No catre mirando a janela vi no céu uma estrela cadente 
Fiz um pedido e confessei a ela – Sei que esse amor é brasa ardente
Quantos pealos já saí de liso! Quantos pealos me vi de bolcada!
Por isso os olhos de orvalho embebidos, por isso leve um recado a Amada!

Com teu sorriso sou ponta de tropa,
Ipê florindo pela primavera,
Sou o mimoso brotando viçoso,
Pingo faceiro em festa campeira.

Sem teu sorriso viro boi matreiro,
Folha seca tombada ao chão,
O pasto seco queimado no inverno,
Lombo pisado... volto a redomão.


sexta-feira, 29 de março de 2013

De Sebo e Cravador na Mão♫


                                 
Sigo esquinando o tempo
trançando meu pensamento
assobiando uma canção
fazendo tralhas campeiras
laço, corda, garroeira
e sou mestre em botão
vou buscando meu futuro
ponteando um couro duro
sempre cravador na mão
quando morre um matungo
só permanece no mundo
a louca e os garrão

Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão

Então me bate a saudade
ao ver num final de tarde
o seu coura estaquear
na carreira ou na cria
sempre me deu alegria
fico triste em lembrar
do meu baio encerado
que na costa do banhado
morreu ao escramuçar
botou as mão no buraco
quebrou o pescoço no ato
não pode mais levantar

Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão

domingo, 10 de março de 2013

Sinceridade...♫

Compositor: Rômulo Chaves e Everson Maré

Foto por Eduardo Amorim


Por que afirmar opinião, quando o coração fala noutro sentido?
Só sei que o sentimento, na estrada do tempo anda meio escondido...
Então lá dentro do peito se mostra com jeito, a flor da verdade.
E a alma acorda seu dia, no sol que irradia... a sinceridade!

Não basta ser falante ou sempre confiante, pra ter boa imagem
Palavreado bonito ou a força dos gritos nem sempre é coragem...
Há que entender pela vida, a exata medida, da paz, que é tão boa.
Na sinceridade da luz que guia e conduz os rumos de uma pessoa.

Quero sorrir com vontade, chorar de saudade, do jeito que for...
Olho no olho ao falar, pra poder enxergar, na palavra, o valor.
Ser, quando em silêncio, naquilo que penso, sincero comigo.
Na consciência, a leveza, estampando a clareza das coisas que digo!

Assim, vou mais além, na jornada do bem, que é sempre sincera.
Não quero chegar ao fim, perdido de mim, numa alma tapera...
Um homem mostra quem é, no rastro dos pés, atitudes e gestos.
Pois é sinal de grandeza escolher com certeza, o justo e o certo!

Sincero, eu quero andar, para encontrar o melhor dos caminhos.
Meu coração vem dizer que amar e viver, não se aprende sozinho...
Enquanto o tempo me abraça e a vida passa, ao longo dos anos.
Sigo buscando abrigo na força de amigos, na gente que amo!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Coração de Madeira...♫


Pulso em ti, sou coração
Pulso em ti, a vida inteira
Trago em mim, a saudade dos teus tempos
Pulso em ti, em ti, madeira

Ouço o idioma que vive nos matos
Da lágrima em espelho junto à sanga
No céu dos ventos e asas solitárias
No chão que abriga os passos quando anda

Ouço a voz das luas claras, madrugadas
Sua intenção mais pura, poesia
Que beija a face d'alma e bebe em cantos
Vertente cristalina em melodia

Sou eu, teu coração vida e madeira
Silêncios, nostalgia e oração
Saudade, melodia em minhas veias
Que vibram no pulsar de outro coração

"Sou eu, pulsando em ti a vida inteira
Tenho marcas que colhi no céu dos tempos
E que abriguei junto ao meu corpo
Madeira, cada marca em mim batizo melodias
Que o timbre rouco da minha voz mostra seu jeito
Pois sou teu coração a traduzir
O que diz o coração dentro do peito"

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Forasteiro...♫

Letra: Jean Taruhn
Música: Éder Goulart


Até onde vai o amor
Antes de virar prisão?
Esse teu beijo é entrega
Ou medo de solidão?
Qual o tom em que o sim
Passa ser um claro não?
Será o fim da luz o poente
Ou a margem da escuridão?

Que palavra une os lábios,
E qual a que cerra os dentes?
Se a verdade tem dois lados
Como encará-la de frente?
Se sou eu um forasteiro
Nos dois lados da fronteira
Como saber quais as cores
Ausentes da minha bandeira?

Qual a linha que divide
A minha aldeia da tua?
Em que pilares de vento
Esta fronteira flutua?
É tudo risca de giz
Ou há um abismo, deveras?
Nem inverno nem verão
Quero eternas primaveras

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De olho no futuro...


Bom não estou aqui para escrever uma grande história ou uma redação que lhes prenda a atenção. Só vim escrever um pouco de mim e um pouco do que penso para meu futuro.
Fazer a escolha de sua carreira profissional não é como fazer a escolha de uma peça de roupa, que se não lhe servir você troca com facilidade. A escolha de sua carreira é a escolha de seu futuro, ou seja, da sua vida em sociedade.
Mesmo desde pequenos nossos pais nos perguntam o que queremos ser quando crescemos, é como se fossemos projetados da infância até a juventude para sonhar com  nossa carreira. Nossos pais observam nossas brincadeiras e pequenas escolhas tentando olhar para nosso futuro nos imaginando em alguma profissão que se encaixe conosco. Quando chegamos na adolescência começamos a descobrir novos caminhos e é isso que muitas vezes nos faz sonhar com outra profissão além daquela que nossos pais indicam ou aquela que queríamos quando éramos criança.
Devemos sempre estudar e avaliar todas as profissões que nos encaixamos, antes desta grande decisão. Muitas vezes por indicações de amigos e familiares ou pior ainda, pelo salário que “tal” profissão irá te disponibilizar, fazemos a escolha errada. Fazendo a escolha errada você nunca será um profissional realizado, mesmo que seu salário seja mais alto do que a profissão que você sempre sonhou.
Hoje na adolescência, reclamamos se temos que fazer algo que não nos agrada, imagine se na “fase” adulta trabalhamos em um emprego que não nos dá prazer ?
Não acredite que nós não podemos mudar, muito menos que não existe outros caminhos.
Sempre sonhei que seria uma veterinária, por ser criada no campo. Mas a vida é feitas de escolhas que constantemente nos fazem mudar de ideia e enxergar mais longe.
Sei que esta é a hora da escolha, é a hora de me preparar para enfrentar o futuro e para as dificuldades que nele existe.
Nunca deixe que outra pessoa lhe diga que você não consegue, saiba que você é capaz de alcançar seus objetivos, basta ter persistência. As vezes deixamos de seguir uma carreira porque ela nos trás alguma dificuldade, mas é diante dessas dificuldades que devemos nos agarrar a nossa força de vontade e a nossa inteligência.
Neste exato momento você está lendo um texto que foi escrito por mim que deve estar cheios de erros de gramática e esta é a minha dificuldade que vou enfrentar se seguir na carreira de jornalismo. Não sou uma grande escritora, muito menos entendo tudo de português, mas esta é a dificuldade que me motiva a ir além, que me mostra que com persistência e estudo posso vencer esta dificuldade que para muitos é banal, mas para mim poderia ser fatal, se eu deixasse de ouvir o que sinto para ouvir pessoas que dizem que não consigo.


Obrigado por ler meu desabafo !! 


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ENART...(classificação final)

FORÇA A:
1º - CTG RANCHO DA SAUDADE - 9,835
2º- CTG ALDEIA DOS ANJOS - 9,816
3º- UNIÃO GAÚCHA J. S. LOPES NETO - 9,813
4º- CPF PIA DO SUL - 9,806
5º - CTG GUAPOS DO ITAPUI - 9,797
6º - CTG RONDA CHARRUA - 9.785
7º CTG CAMPO DOS BUGRES - 9,770
8º- CTG BENTO GONÇALVES - 9,766
9º- CTG LANCEIROS DE SANTA CRUZ - 9,763
10º- DTG CLUBE JUVENTUDE - 9,760
11º- CTG HEROIS FARROUPILHAS - 9,757
12º- GTCN VELHA CARRETA - 9,756
13º- CTG RANCHO DE GAUDERIOS - 9,742
14º - CTG LALAU MIRANDA - 9,742
15º- CTG CEL. THOMAZ LUIZ OSORIO - 9,739
16º - CTG RINCÃO DA ALEGRIA - 9,739
17º - DTG LENÇO COLORADO - 9,732
18º - CTG ESTANCIA GAUCHA - 9,729
19º- CTG VAQUEANOS DA TRADIÇÃO- 9,698
20º - CTG M'BORORÉ - 9,696


FORÇA B:
1º - CTG FRONTEIRA ABERTA - 9.763
2º- CTG LAÇO DA AMIZADE - 9,760
3º - CTG OS GAUDERIOS - 9.750
4º - CTG SENTINELA DOS PAMPAS - 9,743
5º - CTG SANGUE NATIVO - 9,740
6º- CTG QUERO QUERO - 9,730
7º - CTG CAPÃO DA PORTEIRA - 9,723
8º - CTG PIAZITO DO LITORAL - 9,707
9º - GRUPO NATIVISTA IBIRAPUITÃ - 9,700
10º - CTG QUERENCIA DA SERRA - 9,697
11º - AT PONCHO BRANCO - 9,680
12º - DEPTO CULTURAL ALMA GAUCHA - 9,677
13º - CTG GASPAR DA SILVEIRA MARTINS - 9,667
14º - PL TIMBAUVA - 9,657
15º - CTF OS NATIVOS - 9,657
16º - GF CHÃO BATIDO - 9,653
17º - GRUPO TARCA DE ARTE NATIVA - 9,643
18º - PONCHE VERDE CTG- 9,630
19º - GF CHALEIRA PRETA - 9,617
20º - CTG GALPÃO CAMPEIRO - 9,613

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Porteira...♫

Letra: Mário S. Arruda Antunes
Música: Edvan Luiz Ribeiro (Índio)




Porteira afora a trotezito no más
Pilchado a capricho solito me vou
Porteira adentro comigo passou
O coração que pialei da prenda

Noite a fora vou a passo pra venda
Encher pessuelo e cantar de aporfia
Porteira adentro da noite pro dia
O sol principia tempo bueno pra renda

É xucrada que entra e sai redomão
Enfrenando de jeito sai o domador
De volta faceiro meu gateado acuador
Aperta o passo perto da porteira

A tropa ilota ao chegar na mangueira
E grito em alvoroço e sigo assoviando
Se respingar novilha me meto laçando
Berrando cinchada passa na porteira

Por conhecer da lida que a vida me deu
Meu galopear de moço escaramuça de dor
Quando te vejo vindo meu fruto da mata
Arrastando alpargatas carente de amor

Parece que o silencio das rondas noturnas
Amontam o potro arrisco da imaginação
Quando te espero cedo meu rumo isolado
Lavando o amargo apesar da ilusão

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Campo e Luz...♫

Marcelo Oliveira



Mergulha hóstia de luz
No sangue do campo santo,
Estende lua teu manto
No orvalho da plenitude,
Onde a reza nasce rude
Ajoelhada em campo e luz,
E eu benzo o sinal da cruz
Com água benta de açude

Não há templo igual a este
Pro batismo dos pampeanos,
Prece oculta dos minuanos
Convergência dos ateus,
Simplicidade dos meus,
Na procissão das estâncias
Terrunha alma em constância
Aqui mais perto de Deus...

Tenho o terço das estrelas
E a matriz do galpão grande,
Deixo que o destino mande
Nos sonhos que campereio,
Em cada campo que leio
Encontro a bíblia da calma
E ascendo a vela da alma
No castiçal dos arreios

Um dia hei de saber
O motivo da saudade,
De um tempo em que a liberdade
Na catedral das manhãs
Tinha um sino de um tajã
Acordando a tolderia,
E um rosário de poesia
Sob os olhos de tupã